Já sofri
da cegueira da paixão, quando me faltavam forças pensava que Deus estava
dormindo e não ouvia minhas preces, é com esse pensamento inútil que me surgem
lembranças...
Passou,
sigo gargalhando dos tempos de estupidez, somatização de pecadinhos soltos
em meus diários e retomando minha pseudo lucidez.
Como eu
amo essa chuva caindo agora, não sei, mas chuva combina com nostalgia e amores
platônicos.
Fantasmas
velhos,sombras antigas que se movem,bailam e ainda dizem adeus.
Eu, mastigando
conflitos, memórias sujas, banheiros claustrofóbicos e mulheres frigidas.
Abstraio
seriamente o que mais machuca, tem coisas que ainda sufocam ,mudo o curso do
pensamento e transformo em comédia ou invenção, afinal, cada um usa as armas
que tem.
Sinceramente,
um dia farei da minha vontade uma grande verdade, por enquanto ainda sou
prisioneira das coisas caladas.
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